Na segunda Roda da série a respeito da cadeia produtiva do livro, discutimos o livro Para ser escritor, do autor gaúcho Charles Kiefer, professor de Escrita criativa na PUC-RS. Para saber mais a respeito do autor, acesse http://charleskiefer.blogspot.com.br/
Para ser escritor é uma coletânea de ensaios do autor, com 49 capítulos, com ordem aparentemente aleatória. Bibliotecária que sou, não resisti a tentação de tentar uma categorização destes capítulos. Ficou assim:
1. Teoria e prática da escrita:
- Ser escritor
- A nova estética
- Três notas sobre os blogs
- Dialética do conto
- A nuança da palavra
- A má literatura
- Literatura é solidão
- A arte não evolui
- Adjetivar ou não é uma questão?
- Títulos
- A velha lição
- É conto ou crônica?
- Paixões literárias
- O haicai
- Quatro mundos da criação
- O peso da obrigação de ser original
- O conto é um meteorito
2. Cadeia produtiva do livro
- Acerca de lançamentos
- Ainda sobre lançamentos
- Leitura de originais
- Questões táticas e estratégias do Acordo Ortográfico
- Sobre concursos literários
3. O curso de Escrita criativa
- O perigo que ronda as oficinas literárias
- A sacralização do próprio texto
- Sopro vital
- Rigor e compaixão
- O plágio
- Eu assino o que escrevo
- Um ofício estranho
4. Influências
- Um conselho de Mário Quintana
- O fogo sagrado
- O guardião da floresta
- Um parâmetro ético
5. Leitura e Estética de recepção
- O paradoxo de Pixis
- Literatura infantil
- Três modelos teóricos
6. Métodos
- Um prazer anárquico
- Duas obsessões
- O padrão metafórico
7. Regional e universal
- Cultura com sotaque
- O local, o nacional
8. Notas pessoais
- Quem não é visto
- O som do H
- Trilogias
- Passando a Literatura a limpo
- O jardim do Éden é aqui
- Sobre mulheres de escritores
- Os oblíquos
- As dores, a dor
Na reunião da Roda, começo sempre com a questão para cada um dos participantes: Quais capítulos ou trechos chamou mais a sua atenção? A maioria citou o conselho de Mário Quintana (que por sinal, foi um dos meus capítulos favoritos), a questão dos lançamentos, a má literatura.
Perguntei às moças presentes se alguma gostaria de ser esposa de escritor e nenhuma quis.
O debate seguiu com as seguintes questões, extraídas do próprio livro:
- Escritor x autor
- Blogs como ensaios para escritores: falei brevemente de Julie Powell e os desdobramentos de seu blog de culinária e não podia deixar de falar a respeito de Bruna Surfistinha
- As características da má literatura
- Acerca dos lançamentos
- O conselho de Mário Quintana (escrever é bem diferente de publicar)
- Leitura dos originais (expliquei-lhes que nos Estados Unidos é comum autores que se reunem em grupos para leitura de originais uns dos outros, citei o exemplo de Mary Pipher e seu Revivendo Ofélia)
- Quatro mundos da criação: Emanação, criação, formação e ação (O bacana nesta parte é que como fui ao 5o. Seminário de Bibliotecas Públicas e Comunitárias na semana anterior e assisti a três entrevistas com autores nacionais, pude ouvir bastante a respeito desse assunto e compartilhar com os membros da Roda)
Dessa vez tentei ser fiel ao horário, de modo que a discussão acabou por aqui. Infelizmente desta vez esqueci de tirar as fotos, mas ficam os comentários.